Neste post vamos abordar os
princípios éticos e morais que devem nortear a vida de todo praticante de Yoga.
Encontramos no Yoga Sutra - texto
atribuído ao sábio Patañjali – a descrição de dez preceitos a
serem observados. Divididos entre: Yamas e Niyamas.
Yamas – representam
as orientações de conduta social e de interação com os demais (Viver bem em
sociedade).
1 – Ahimsa – Não
violência
Devemos evitar a violência em atos e
palavras não só contra os outros, como a si mesmo. É o respeito aos
limites.
2 – Satya –
Autenticidade e verdade
Dentro do Yoga, não basta apenas não
mentir, quando omitimos a verdade estamos da mesma forma, ferindo o princípio
da veracidade, desperdiçando a força da palavra.
3 – Asteya – Não
roubar
Não se relaciona apenas a bens ou
objetos materiais, mas também a ideias, honra e experiências alheias.
4 – Brahmacharya –
Correta utilização da sexualidade
Nos textos antigos (Vedas) é dito que
quem consegue controlar a sexualidade se torna uma divindade, não mais um
simples humano.
Trazendo para os dias atuais, podemos
interpretar como o ato sexual consciente e respeito a si próprio e ao parceiro.
5 – Aparigraha –
Desapego
Esse preceito é tradicionalmente
traduzido como não cobiça ou possessividade. Uma vez que ao notarmos algo do
outro que não possuímos, porém desejamos, gera em si um estado de inquietude e
como consequência, perde-se a paz de espírito.
Niyamas – Orientações
de conduta pessoal e atitude interior
1 – Saucha – Pureza
Pureza
de mente e corpo devem fazer parte da rotina de um yogin.
2 – Santosha –
Contentamento
Ter
contentamento, satisfação, alegria, leveza de mente e espirito. É valorizar por
ser e não por ter. Isto não deve ser entendido como estagnar-se, mas
sim aprender a planejar o futuro, sem esquecer de viver o presente. É valorizar
as pequenas conquistas.
3 – Tapas – Auto
superação
É a capacidade de elevar-se acima de
seus próprios padrões ou dos padrões pré-estabelecidos pela sociedade,
estimulando o ser humano a progredir (é o famoso trabalho de formiguinha, todo
dia um pouco mais).
4 – Swadhyáya – Auto
estudo
É a observação permanente de atos,
palavras, pensamentos, emoções, e das respostas do seu corpo. É ter a
consciência de si. Swadhyáya, não é apenas para os que estão no caminho
espiritual, é um grande instrumento para todos que acreditam que sempre podemos
melhorar.
5 – Ishwara pranidhana –
Auto entrega
É o reconhecimento de que existe algo maior que todos nós.
Aqui, talvez você se pergunte:
Preciso então acreditar em Deus para praticar Yoga? Não necessariamente. O que
buscamos e aceitamos é reconhecer a divindade que existe dentro de cada um de
nós. Esta divindade é o campo das possibilidades infinitas, é a redescoberta do
seu potencial maior.
Hoje, abordamos os primeiros degraus
do Yoga, em nosso próximo texto abordaremos a decodificação completa do Yoga segundo
o sábio Patañjali.
A todos Sat, Chit, Ananda! (Verdade,
consciência e bem aventurança)
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